Antes de mais nada, você já ouviu falar sobre neuropropaganda? A maioria das definições de neuropropaganda a define como uma ciência cognitivo-comportamental em um ambiente de pesquisa de mercado que avalia a resposta de um consumidor aos estímulos publicitários.
Para o profissional de marketing e publicidade médio, isso parece tão interessante quanto uma lista telefônica e gera mais perguntas do que respostas. A verdade sobre a neuropropaganda é bastante simples, mas requer algumas explicações.
Para entender melhor, temos que entender como a neuropropaganda funciona, para que é usada e porque hoje ela é necessária no contexto da publicidade! Ficou interessado? Então, continue lendo conosco!
O que é neuropropaganda?
Tomar uma decisão de compra costumava ser fácil. O consumidor via uma propaganda, que despertava certos gatilhos e o fazia escolher uma marca. Naquele tempo, ele tinha poucas opções entre as quais escolher e pouco lugar onde procurar informações sobre o produto que desejava comprar. Hoje, a realidade é bem diferente.
O consumidor tem a internet nas suas mãos e marcas e mais marcas de um mesmo produto para escolher. Para ter ideia, pense em um produto básico, como a água mineral. Só no Brasil, são pelo menos 15 marcas de água diferentes — isso para falar das mais famosas, sem contar as marcas regionais pequenas.
O que, então, faz um consumidor escolher uma marca em detrimento da outra? Se tratando de um produto tão básico como a água, não há muito espaço para atuação publicitária. A grande verdade, então, é que não existe uma resposta clara. Pode ser o formato da garrafa, a cor do rótulo, a indicação de um amigo, como pode ser a que estava disponível.
Isso acontece não somente com a água, mas com qualquer produto. Pensar e balancear todos os fatores de forma racional não só é difícil como é quase impossível. Isso significa que nossas decisões de compra enquanto consumidores são feitas de maneira subconsciente. Ou seja, é algo que nem nós mesmos podemos explicar.
Ainda assim, muitos publicitários ainda se baseiam em técnicas clássicas para entender o consumidor, como pesquisas de mercado, grupos focais etc. Mas se nem o próprio consumidor entende sua decisão, como é possível confiar nos resultados dessas metodologias?
É aí que entra a neuropropaganda. Nesse sentido, ela reúne informações diretamente da fonte onde são tomadas nossas decisões de compra: o subconsciente.
Como a neuropropaganda funciona?
A neuropropaganda utiliza uma série de técnicas e tecnologias que permitem entender o comportamento subconsciente do consumidor para otimizar a publicidade. Ela se baseia em estudos científicos que medem a atividade do cérebro do consumidor ao fazer uma escolha de compra.
O objetivo da neuropropaganda é obter uma compreensão mais profunda do comportamento do consumidor. Ela permite ver como as emoções e memórias associadas a uma marca estão impactando o processo de tomada de decisão de compra de uma pessoa em um nível inconsciente.
Portanto, para ver o que nossos cérebros estão pensando e sentindo, a neuropropaganda:
- Acompanha o movimento dos olhos para ver o que chama a atenção
- Usa imagens cerebrais para avaliar as respostas emocionais (ou seja, respostas felizes a anúncios ou características do produto);
- Analisa o fluxo sanguíneo do cérebro para ver quais anúncios, recursos visuais e recursos de um produto geram mais atividade em certas áreas do cérebro associadas a emoções específicas em relação à marca.
Fazer tudo isso ajuda a explorar as respostas subconscientes do cliente e torna mais fácil para as empresas adaptarem as técnicas publicitárias aos pensamentos e sentimentos do seu público.
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5 componentes da neuropropaganda
A neuropropaganda é um campo complexo, como já deu para ter uma ideia. No entanto, existem já alguns componentes comprovados que podem ser utilizados nas suas estratégias de publicitárias. Abaixo, apresentamos alguns deles:
- Visual: imagens, texto e vídeo são a cola que mantém uma campanha publicitária unida — e os clientes são rápidos em julgar imagens. A parte interessante é que até 90% desse julgamento é baseado nas cores. As fontes também são importantes;
- Segurança: a segurança vem na forma de prova social. Ou seja, se os clientes estão deixando boas classificações e comentários para sua empresa, isso vai desencadear uma reação importante em seu cérebro — segurança. Segurança gera confiança em sua marca, o que, em última análise, faz com que o cliente se sinta mais confortável ao comprar produtos de você;
- Simplicidade: a neuropropaganda gosta de usar a abordagem “menos é mais”. Dar a seus clientes muitas opções pode levar à paralisia de decisões. Atenha-se a ofertas simples ao fazer publicidade para seus clientes.
- Tangibilidade: nossos cérebros estão constantemente examinando tudo que nossos olhos veem. Procuramos qualquer coisa familiar, amigável e reconhecível. Por isso, apelar para os cinco sentidos principais de alguém pode fazer com que seu cérebro deseje tocar e se envolver fisicamente com seu produto;
- Autoridade: este é o truque mais antigo dos livros de publicidade e propaganda, mas ainda é uma parte superimportante da neuropropaganda, já que a autoridade influencia muito o cliente em seu processo de tomada de decisão. Os clientes confiam em opiniões de autoridade para evitar que façam o trabalho árduo de pesquisar avaliações e perguntar aos amigos se vale a pena comprar um produto.
A neuropropaganda é um campo em evolução, e seus achados ainda impactarão e muito o mercado da propaganda e marketing nos próximos anos. Esta foi apenas uma rápida introdução sobre o assunto.
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- Por: Marketing | Grupo I.C.E.
- Postado em: 27 de julho de 2021
- Tags: Marketing, neuropropaganda, propaganda, publicidade