Gestão de marcas e cultura organizacional: como uni-las em 7 passos

Primeiramente, quando o assunto é branding, podemos pensar em design, identidade e elementos para destacar a marca ante o público-alvo. Contudo, a gestão de marcas não se restringe apenas a consumidores. Ela envolve o modo como a cultura organizacional de uma empresa é trabalhada.

A inclusão desse tópico na gestão de marcas pode, até mesmo, causar certa surpresa. Porém o modo como a empresa divulga (e cumpre) missão, visão e valores está cada vez mais às vistas do público.

Ou seja, se antes o consumidor se preocupava apenas com a qualidade ou o valor da oferta, o cenário mudou incisivamente a partir dos anos 2000. Neles, a percepção dos princípios de uma companhia passou a ser considerado no processo de compras.

Isso é o que comprova a pesquisa In Brands WeTrust, promovida pela agência norte-americana de relações pública Edelman. Nela, 91% dos consumidores brasileiros entrevistados classificaram a confiabilidade na marca como indispensável. No restante do mundo, essa marca é de 81%.

Neste texto, explicaremos sobre como essa relação é determinante para desenvolver uma imagem de sucesso a uma empresa. 

O que é cultura organizacional?

Antes de mais nada, é preciso compreender o que é cultura organizacional.

Basicamente, esse é um conceito com tudo que se refere ao dia a dia de uma empresa. São características como práticas, hábitos e valores que ditam o que é adequado ao comportamento dos funcionários.

Por exemplo, pense em uma empresa onde a sustentabilidade seja um valor genuinamente promovido. Isso impactará na maneira como os colaboradores agirão quanto a impressões de documentos, imprimindo apenas o necessário. Ou ainda levando suas canecas para evitar o uso de copos descartáveis.

Por que fatos internos em uma empresa impactam na percepção da marca pelo cliente?

Já reparou que quando vazam polêmicas corporativas, o consumidor reage? A  Amazon, por exemplo, sofreu boicotes quando os clientes souberam que os colaboradores brigavam por melhores condições de trabalho. Os valores da empresa foram questionados.

Todavia, não é segredo algum que vivemos na era da informação. Nesse sentido, a repercussão de quaisquer atitudes de uma companhia se disseminam de maneira cada vez mais veloz. Fruto da crescente adesão à internet em todo o mundo.

Mas não é só isso. A era do Marketing 3.0 – conceito cunhado em 2010 pelo professor, autor e publicitário norte-americano Philip Kotler – trouxe o cliente ao centro das atenções das empresas. Antes dela, os clientes “corriam atrás” de produtos. Hoje, empresas se mobilizam mais do que nunca na busca pelo consumidor.

Então, com a queda de barreiras geográficas promovidas pela grande rede, a concorrência na imensa maioria dos segmentos cresceu. Nesse sentido, os clientes puderam passar a “barganhar” mais procurando por produtos de marcas com características que aprecie.

Por fim, também vale ressaltar um aspecto social. Temas como sustentabilidade, igualdade racial e liberdade sexual são cada vez mais abordados e reivindicados.

Do mesmo modo, o público hoje é muito mais informado, crítico e engajado que há 20, 30 anos. Portanto, estão muito atentos as ações e os impactos causados pelas companhias. 

7 dicas para agregar a cultura organizacional à gestão de marcas

De fato, essa não é uma tarefa simples, tampouco rápida. Porém, unir gestão de marcas à cultura organizacional é indispensável em conta aos desafios apresentados nesse texto.

Então, conheça algumas ações ajudarão no relacionamento com o publico interno e reduzirão as chances de transtornos comerciais.

1. Sinceridade é a chave na hora de buscar transmitir os valores da empresa, seja ao público externo ou interno. Evite agregar características não condizentes a ela. Um estudo da história da empresa e entrevistas com colaboradores-chave podem auxiliar na identificação de valores realistas.

2. Sugira a realização de programas de treinamentos para novos colaboradores, apresentando os valores da empresa. Essa prática pode ser disseminada periodicamente aos demais funcionários.

3. Crie uma cultura de comunicação interna. Para isso, ter um departamento ou agência especializada em endomarketing é essencial.

4. Grande parte das mobilizações contra (ou a favor) de uma empresa são disseminadas pelas redes sociais. Nesse sentido, contratar uma equipe de gestão de redes sociais é indispensável para monitorar, identificar e responder a comentários nos perfis da empresa.

5. Busque divulgar boas ações de sua empresa em todos os canais de comunicação da empresa.

6. Sugira a criação de canais para que o colaborador possa compartilhar suas experiências. Além disso, faça-os se sentirem parte desse processo, com total transparência. Essa ação pode ainda ajudar em uma identificação precoce de problemas futuros.

7. Por fim, busque comunicar com frequência e clareza! Pode parecer algo óbvio, mas muitas empresas, diante da correria do dia a dia, acabam se esquecendo de anúncios relevantes à sua equipe.

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